Uma dupla de economistas da Harvard Business School contrariou o discurso da indústria do entretenimento sobre a troca de arquivos digitais pela internet. Felix Oberholzer-Gee e Koleman Strumpf concluem que a troca de arquivos causa menos prejuízos do que se pensa e não desencorajou a criatividade.
A intenção da pesquisa era avaliar o impacto da troca de arquivos no mundo contemporâneo.
Segundo os pesquisadores, apesar da queda na venda de discos 2000, o número de álbuns criados explodiu, de 35,5 mil álbuns (em 2000) para 79,6 mil (em 2007).
Mesmo com o download de materiais protegidos por direito autoral, a produção musical aumentou – os especialistas deixam claro que não levam em conta a qualidade das produções..
O estudo bate de frente com o discurso da indústria musical de que a troca de arquivos pela internet prejudica a sociedade.
Para a dupla de pesquisadores, a troca é benéfica. Além disso, Gee e Strumf defendem que os download de canções não representam necessariamente uma venda perdida, outro argumento da indústria. Tão pouco os remixes (mistura de músicas) atrapalham, podendo ter o efeito contrário, de incentivar a venda das canções originais.
Mesmo a reconhecida perda de receita poderia ser compensada com complementos – os ingressos para shows, por exemplo, tiveram alta nos últimos anos, junto como a demanda pelas apresentações.
Por isso, os autores concluem que o maior acesso do público às músicas e “uma proteção mais fraca dos direitos autorais, aparentemente, beneficiaram a sociedade”. As informações são da Information Week.
A íntegra do estudo pode ser acessada aqui (em inglês).
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