Cerca de 8% de todos os consumidores de Alemanha, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha admitem fazer download ilegal de vídeos da internet, segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (19) pela Futuresource Consulting, mostrando a escala do progresso do combate à pirataria.
Dois terços dos britânicos entrevistados admitiram assistiram a TV, filmes e vídeos no computador ou notebook, frequentemente ou algumas vezes. Entre os consumidores norte-americanos, 15% fizeram pelo menos uma dessas atividades de forma ilícita.
"Essa ampla disponibilidade de conteúdo ilegal representa um grande obstáculo ao desenvolvimento de serviços de conteúdo on-line, e continua impactando pesadamente nas receitas, apesar das autoridades governamentais e da indústria repetirem tentativas de apertar o sistema", informou o relatório que entrevistou mais de 2,5 mil pessoas nos quatro países.
O levantamento descobriu ainda que 90% daqueles que assistem a vídeos on-line nunca pagaram para acessar notícias e programas de televisão. A maioria, no entanto, afirmou que estaria ou poderia estar disposta a pagar por conteúdo no futuro. A maioria das companhias de mídia está tentando incentivar consumidores a pagar por vídeo, música e notícias on-line.
Mas as tentativas para financiar conteúdo gratuito por meio da venda de anúncios publicitários são em grande parte fracassadas. Governos ao redor do mundo estão tentando ajudar os fornecedores de mídia a combater a pirataria on-line. Os piores efeitos até agora aconteceram na indústria musical, que ainda se esforça para compensar um declínio contínuo na comercialização de CDs.
Nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (18), uma mulher foi multada em quase US$ 2 milhões pelo compartilhamento ilegal de músicas.
Ainda nesta semana, o governo da Grã-Bretanha propôs um conjunto de medidas para punir indivíduos que fazem download ilícito. As penas incluem desaceleração das conexões e um eventual bloqueio do acesso à rede.
A Câmara dos Deputados da França aprovou em maio um orçamento que permitirá às autoridades rastrear downloads ilegais na internet e desconectar os que forem reincidentes, mas a Justiça francesa limitou o poder da lei antipirataria no início de junho. Tais iniciativas são altamente controversas, já que o acesso à internet é crescentemente percebido como algo próximo dos direitos humanos.
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