No dia 2 de junho, chegou às lojas o novo disco do Iggy Pop, "Préliminaires". No começo do ano, ele disse que estava cansado das guitarras e queria gravar um disco de jazz, com músicas baseadas no romance "A Possibilidade de uma Ilha", do escritor francês Michel Houellebecq.
Para quem ouviu o último trabalho dele com o Stooges, "The Weirdness", que é sujo, distorcido e alto, deve ter ficado curioso.
O livro realmente mexeu com o músico. "Levei o livro para França e passei três dias seguidos sozinho com ele, em um velho hotel à beira de um mar gelado. Achei o livro do cacete. Me identifiquei com ele: era ao mesmo tempo excitante e surpreendente, engraçado e familiar", contou Iggy em um release enviado por sua gravadora.
A publicação traz a história de Daniel, protagonista que narra os últimos anos de sua vida. Aos poucos, ele vai sofrendo com o avanço da idade, o casamento que vai de mal a pior e um relacionamento extraconjugal que dá errado. O que faz o francês ser feliz é o seu cachorro, sempre fiel. Ele não quer continuar vivendo desse jeito, por isso, de início incrédulo, passa então a frequentar uma seita, que muda completamente sua vida.
Iggy Pop diz que o processo de composição do disco foi pegar a inspiração do livro, um velho violão e sua voz. Quem estava junto do cantor foi Hal Cragin, a quem se refere como talento. "Com a ajuda dele, esse som tomou forma ao longo de um ano", falou.
A saudade das guitarras aparece de forma discreta na música "Nice To Be Dead", mas só nela. O disco é recheado de belas melodias baseadas em Louis Armstrong, Edith Pia e Jelly Roll Morton com o Iggy no gogó.
Confira o clipe de "King of The Dogs" e também uma versão ao vivo dessa música para os mais desconfiados da nova fase de Iggy Pop.
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