
Se Gillan estava debilitado, o baixista Glover e o guitarrista Morse se encarregaram de interagir com o público. A banda emendou Into The Fire e Strange Kind Of Woman, dos discos In Rock e Fireball, logo na sequência. Mas o ponto alto da noite foi Space Truckin': pesada e empolgante, a música abriu a segunda metade do show, permeada pelos clássicos da banda. Antes disso, Morse já havia tido seu momento solo, com Contact Lost, e emendado com Sometimes I Fell Like Screaming.
Se Jon Lord costumava dar toques de música clássica em seus solos, o tecladista Don Airey mudou o enfoque. Rock, vaundeville e....Perfect Strangers, umas das preferidas do público. Smoke On The Water foi competente e cumpridora (tirando, é claro, o 15º acesso de tosse que atingiu Ian Gillan. O bom é que o velhinho é experiente, e tirou onda com o fato ao alertar o público para não chegar muito perto).
Hush foi a primeira música do bis, com Ian Paice solando brevemente. A linha de baixo de Glover introduziu Black Night e fechou a quinta apresentação do Deep Purple em Porto Alegre. Se nos anos anteriores Gillan ainda dialogova com a guitarra de Morse (numa reprodução dos momentos áureos da banda no disco Made In Japan), desta vez a dobradinha ficou entre o guitarrista e Airey na instrumental Wring Thar Neck. Não é a mesma coisa, mas valeu o esforço.
O Deep Purple, que já foi a banda Lord e Blackmore, agora foca seus holofotes em Glover e Morse. Nada mais justo. São os dois que mantêm o pique e a alegria depois de tanto tempo na estrada. E é sempre bom ver músicos se divertindo tanto no palco quanto aqueles que estão na frente dele.
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