Mesmo a alta do dólar - que até setembro valia cerca de R$ 1,60 e chegou a R$ 2,50 em dezembro - não abalou o ânimo dos promotores. "A crise existe, mas inclusive os artistas precisam continuar seus trabalhos", explica William Crunfli, da Mondo Entretenimento, que em 2008 trouxe os shows de R.E.M. e Queen. "As turnês continuarão, e a América do Sul definitivamente faz parte do roteiro mundial de quase todas."
Já Paola Wescher, da Squat International Booking Agency, responsável pelas vindas de Weezer e Pixies, acredita que o impacto financeiro deve demorar para desembarcar. "Tem crise, mas parece que não chegou aqui ainda. O mercado não parece afetado de imediato, mas ao longo do ano vamos sentir mais", ela diz, ressaltando que, por enquanto, nada mudou na rotina: "Continuamos comprando bandas, buscando patrocínios, como nos anos anteriores".